Nunca estivemos tão a serviço do que precisava estar

Iniciamos o ano com o editorial que falava “2019 requer diálogo“. Para isso nós 4 fomos nos preparar, buscando formações que pudessem nos ajudar como fazer isso com os grupos, tornando o diálogo como meio de entrega dos pedidos que chegam. Nos perguntamos: como podemos fazer com que um grupo se prepare internamente, se conecte profundamente, para o que terão que enfrentar juntes?

Logo após Brumadinho/MG veio o editorial “Quanto vale a (auto)responsabilidade social empresarial?” sobre o senso de responsabilidade das empresas. Ao longo do ano nos debatemos muito internamente sobre os retrocessos de pautas e dos ambientes (físicos, sociais e psicológicos). Será que para as empresas está tudo certo viver o que estamos vivendo se a economia estiver bem? Neste cenário atual, elas teriam o papel e a coragem de se posicionarem abertamente contra ataques ao Estado Democrático de Direito ou mesmo frente ao enfraquecimento de pautas de sustentabilidade empresariais?

Com “#8M é para todas, todos e todes nós” reafirmamos a ideia de que somos todos UNO, que precisamos estar UNA (do verbo unir) e em como os ventos turbulentos que vivemos hoje na Terra vem com força para continuar abafando de todas as formas possíveis as mulheres e valores femininos.

Em abril com “Espiritualidade Social: atuação espiritual no mundo social” escancaramos sem medo nossa visão de encorajar a espiritualidade por onde passamos, entendendo que espiritualidade está na sutileza e subjetividade de como nos relacionamos com o que é vivo.

Ahhh “Parceria tem de ter afeto ♡“. O que falar dessa vida à quatro?! Certamente não é a relação produtiva que nos une e sim o laço afetivo e espiritual que nos nutre. Essa reflexão veio em maio e foi como um preparo para em outubro abrirmos completamente nossas finanças pessoais num momento de baixa de projetos, delineando uma forma diferente de dividir os projetos e recursos financeiros que entram.

Em “Partidos 2.0: a revolução será interna” paramos para olhar quais são os desafios dos grupos que estão na política. Uma das portas para os novos ventos na política pode vir da ação para criar laços de sociabilidade e convivência em sua organização interna, nas pequenas células do sistema político. Ainda não conseguimos ter um trabalho com este nível de profundidade com grupos políticos. Mas fica o pedido para o universo. \oo/

Autocuidado e Outrocuidado: agente de desenvolvimento no coletivo” é sobre a musculatura emocional que todos deveríamos desenvolver para poder ser usada quando a necessidade vier. E ela está presente hoje precisando ser usada no que talvez seja algo ainda por nascer: criar uma rede mútua de “outrocuidado”, um autocuidado coletivo. Uma demonstração ativa do interesse em viver em sociedade.

E por fim, em nossa última newsletter (setembro) viemos com “Resistir para existir“. É sobre as células imaginárias da lagarta que já trazem a informação da borboleta – o futuro a emergir -, mas que são atacadas por seu sistema imunológico. Elas persistem em nascer de novo e, a cada tentativa, aprendem a se comunicar entre si, se conectando até que a borboleta sabe que é borboleta antes mesmo de ser.

Nós da Tistu alimentamos o dilema cotidiano, em constante reflexão, se estamos atuando para o fortalecimento e multiplicação de células imaginárias ou para manutenção do sistema. Seja nós da Tistu ou você que nos lê.
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Semana que vem vamos para a nossa própria imersão de planejamento. Muitos flips e post-its, roteiro geral desenhado que cabem partilhas, aprendizados e desejos. E desta vez vamos iniciar o primeiro dia com um presente do amigo-mentor Silvio Urbano com uma palestra/conversa sobre Processos Espirituais e Sombras Coletivas. Não temos a mínima ideia do que vamos encontrar, quais sombras vamos deixar emergir e sentarão à mesa conosco. Mas se tem um momento de nossa história – seja Tistu, seja mundo – para olhar para nossas sombras, o momento é este.

Quer falar com a gente?

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